domingo, 14 de agosto de 2011

Sócrates, filósofo grego (470 a.C. – 399 a.C.)


Os jovens de hoje rebelam-se contra a autoridade e não respeitam os mais velhos. Contradizem seus pais, cruzam as pernas e tiranizam seus mestres.

Anônimo, escrito numa placa mesopotâmica, há cerca de 4000 anos.


O adolescente considera tudo o que é mais antigo do que ele como arcaico e obsoleto. Ao passo que tudo seu é novo, algo que sem dúvida dará certo. Essa praga só pensa em sexo e contestação.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pascal Bruckner in O Paradoxo amoroso


O amor é uma aventura de que não queremos nos privar, mas com a condição de que ele não nos prive de nenhuma outra. Em suma, como crianças grandes, queremos tudo e o contrário de tudo: continuar unidos sem nos ligar a ninguém, o que a tecnologia favorece. O telefone é, assim, o marido/mulher dos solteiros, permitindo-lhes estar com todos sem precisar estar ao lado de ninguém. Os meios de romper a solidão, a Internet, os celulares são, em princípio, um meio de confirmá-la, uma vez que a tornam tolerável.

Eduardo Galeano


A televisão mostra o que acontece?
Em nossos países, a televisão mostra o que ela quer que aconteça; e nada acontece se a televisão não mostrar. A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportam bem, o sistema promete uma boa poltrona.

Adriana Falcão in Luna Clara e Apolo 11


O garoto que nunca quis nada na vida agora tinha dois quereres de uma só vez, e o pior é que um querer queria ir, e o outro queria ficar.
Um bocadinho só.
Um último olhar.
Só mais um sorriso.
E Nossa Senhora do Só Mais Um Bocadinho deve ajudar todo mundo de vez em quando, ou Luna Clara não teria ficado ali, só mais um bocadinho, olhando para ele: “nossa!”
Agora era apelar para Nossa Senhora das Coisas Ditas No Momento Exato.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Eduardo Galeano in O livro do abraços


Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu voo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por encontrar-nos e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.

Rubem Alves

..... Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.