Você sabia?
OBRA-PRIMA:
• Casa grande e senzala (1933)
• Sobrados e mocambos (1936)
• Açúcar (1939)
• Uma cultura ameaçada: a luso-brasileira (1940)
• Ordem e progresso (1959)
Você sabia?
OBRA-PRIMA:
• Casa grande e senzala (1933)
• Sobrados e mocambos (1936)
• Açúcar (1939)
• Uma cultura ameaçada: a luso-brasileira (1940)
• Ordem e progresso (1959)

“Tenho lutado contra a dominação branca e contra a dominação negra. Tenho acalentado o ideal de uma sociedade livre e democrática, na qual todas as pessoas vivam em harmonia e com oportunidades iguais.É um ideal pelo qual espero viver e que espero alcançar. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer"·
Teu corpo é canoa
em que desço
vida abaixo
morte acima
procurando o naufrágio
me entregando à deriva.
Teu corpo é casulo
de infinitas sedas
onde fio
me afio e enfio
invasor recebido
com licores.
Teu corpo é pele exata para o meu
pena de garça
brilho de romã
aurora boreal
do longo inverno.
"E descobrir, agora é uma palavra constante no seu dia-a-dia..."
Descobrir e cuidar: tudo começa por um ponto...TENTE!
Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO.
Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.
Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.
Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.
Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.
Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.
Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.
Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos, mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.
Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.
(Mário Sérgio Cortella)
Processo social e político ocorrido na França entre 1789 e 1799, cujas principais conseqüências foram a queda de Luís XVI, a abolição da monarquia e a proclamação da República, que poria fim ao Antigo Regime.
As causas determinantes de tal processo estavam na incapacidade das classes dominantes (nobreza, clero e burguesia) de enfrentar os problemas do Estado, a indecisão da monarquia, o excesso de impostos que pesava sobre os camponeses, o empobrecimento dos trabalhadores, a agitação intelectual estimulada pelo Século das Luzes e o exemplo da Guerra da Independência norte-americana.
A breve história de Leila Diniz foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina. O mundo ouvia rock”n”roll, o Brasil irradiava a bossa nova e Leila desafiava, enfrentava, estimulava e divertia os brasileiros com atitudes e simbolismo. Como atriz, tornou-se musa do embrionário cinema novo, movimento que propunha o rompimento dos padrões estéticos adotados até então – com base forte no modelo hollywoodiano.
No plano pessoal, desafiava regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo Pasquim, motivou a lei de censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz, produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. Nessa entrevista, ela a cada trecho falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: " Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo".
Por causa da entrevista que deu ao Pasquim, acabou sendo perseguida pela polícia política. Leila ficou escondida na casa do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti.
"Se tivesse vontade transaria com o motorista de táxi" (Leila Diniz)
"Não morreria por nada neste mundo, porque eu gosto realmente é de viver! Nem de amores eu morreria. Porque eu gosto realmente é de viver de amores" (Leila Diniz)
No nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos em silêncio (o próprio).
Bebemos vinho e não brindamos.
Só se brinda quando existem planos.
Naquela noite, naquela mesa.
Nosso último jantar era a única certeza.
Alguém que porventura bisbilhotasse nossa janela,
veria talheres e copos flutuando sobre as velas.
No nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos transparentes.
Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela,
veria a comida sendo digerida dentro da gente.
No nosso último jantar
sentamos à mesa e carcomemo-nos.
Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela,
nos veria por muito pouco tempo.
Beijos de língua inesperadamente virtuais. Cartas eletrônicas nuas desesperadas, cruas. Estávamos amando em estado de loucura. Mil torpedos, rituais de sedução, por fim a dança do acasalamento. Voz no ouvido, gestos perfeitos, línguas entre lábios inchados, dedos longe dos teclados dois remetentes gozados, remetendo suas cópias ocultas, distantes do computador, história de amor tão antiga, acontecendo em tempo real. Casais em clima de delete, só podia ser romance casual.
Quando me apaixono por alguém
não lhe peço a identidade,
não quero saber de onde veio,
qual a cor da sua pele
ou seu estado civil.
Não me importa a sua idade
nem o bairro onde vive
nem as coisas que já fez.
Quando me apaixono por alguém
não lhe peço nada
nem lhe tiro coisa alguma.
Eu apenas me entrego
e o recebo,
simplesmente.
Sem promessas,
sem cobranças,
entre flores e ternuras.