quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Cristiano Siqueira
Amor e devaneio
Por trás das árvores
à frente das grades
cai a cor do céu.
Meu pensamento diante
de teu semblante
não está sozinho
quanto eu.
Folhas de outono
ressecam meus passos.
ecoa em meu caminho
a última oxítona de teus lábios.
Nos teus ouvidos,
os sussurros das palavras
que ousei não confessar.
domingo, 25 de outubro de 2009
Tati Bernardi
Minha fome é sobrevivência, minha vontade é mecânica, minha beleza é esforço, meu brilho é choro, meus dias são pontes para os dias de verdade que virão quando essa dor acabar, meus segundos são sentidos em milésimos de segundos, o tempo simplesmente não passa.
Juliana Andrade
Meu corpo
Sinto que meus olhos estão pesados...
Sinto hoje o que já senti, e espero ver nas estrelas minha sorte
Sabiamente me perco em ilusões poéticas
E admiro lixos literários sem prepotência.
Às vezes penso em escrever frases, versos, estrofes mentirosas
Sinto hoje o que já senti, e espero ver nas estrelas minha sorte
Sabiamente me perco em ilusões poéticas
E admiro lixos literários sem prepotência.
Às vezes penso em escrever frases, versos, estrofes mentirosas
Mas a letra forma meu corpo
E a sede incendeia minhas veias
A ponto de borbulhar o meu sangue e sair por meus poros
E o sol queima dentro da minha boca
E sinto o calor jamais vivido
E selo a certeza do não acontecido
Embora me condene pela minha insatisfação.
E a sede incendeia minhas veias
A ponto de borbulhar o meu sangue e sair por meus poros
E o sol queima dentro da minha boca
E sinto o calor jamais vivido
E selo a certeza do não acontecido
Embora me condene pela minha insatisfação.
(...)
sábado, 24 de outubro de 2009
Torquato da Luz
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Anoitecer
Adágio
Soneto
Elizabeth Hazin
Sou neto das tempestades
que sopram pelos desertos
um destino de saudades.
Com seus nós quase desfeitos
eu trago a garganta aberta
escancarada vazando
uma voz suja de terra
que filtra os dias e as noites.
Na ponta de minha língua
o tempo acaba ou começa?
Brota em mim o som da flauta
brota mais — a flor do sangue —
ao sol que queima sem pena
nesse deserto tão grande.
Sou neto das tempestades
que sopram pelos desertos
um destino de saudades.
Com seus nós quase desfeitos
eu trago a garganta aberta
escancarada vazando
uma voz suja de terra
que filtra os dias e as noites.
Na ponta de minha língua
o tempo acaba ou começa?
Brota em mim o som da flauta
brota mais — a flor do sangue —
ao sol que queima sem pena
nesse deserto tão grande.
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