terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Case-se com alguém que gosta de conversar

Por que quando o tempo for seu inimigo,

E as linhas de expressão dominarem sua face

E se a vitalidade não for como você gostaria

Tudo que restará serão bons momentos de conversa

Com alguém que viveu com você muitas histórias

Que segurou as suas mãos inumeráveis vezes

Que lhe abraçou quando sabia que precisava

E que lhe falou a palavra no tempo certo.

Vai se lembrar ao longo da vida

De momentos felizes, engraçados, apaixonados

E vocês ainda vão rir muito juntos.

Então lembre-se que a beleza passa, pois é vã,

Mas o carinho, o respeito, o conhecimento

Este aumenta a cada dia.

Então case-se com alguém...

Com quem realmente gosta de conversar.



domingo, 27 de dezembro de 2009

28

Roberto Crema

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.



Lya Luft

Tão sutilmente em tantos breves anos foram se trocando sobre os muros mais que desigualdades, semelhanças,
que aos poucos dois são um, sem que, no entanto deixem de ser plurais: talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida, o filho que se faz, uma árvore plantada, o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe o pó de um cotidiano desencanto. Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos que uma em outra pode se trocar, sem que alguém de fora o percebesse nunca.



Lya Luft

...Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha à pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas, mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá à pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.