quinta-feira, 18 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Gilberto Gil
Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d'água
E os meus olhos pedem teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede teu amor
Se não me deres, posso até morrer
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d'água
E os meus olhos pedem teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede teu amor
Se não me deres, posso até morrer
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
E aí você surgiu na minha frente,
E eu vi o espaço e o tempo em suspensão.
Senti no ar a força diferente
De um momento eterno desde então.
E aqui dentro de mim você demora;
Já tornou-se parte mesmo do meu ser.
E agora, em qualquer parte, a qualquer hora,
Quando eu fecho os olhos, vejo só você.
E cada um de nós é um a sós,
E uma só pessoa somos nós,
Unos num canto, numa voz.
O amor une os amantes em um ímã,
E num enigma claro se traduz;
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz.
E assim viemos, nos assimilando,
Nos assemelhando, a nos absorver.
E agora, não tem onde, não tem quando:
Quando eu fecho os olhos, vejo só você.
E cada um de nós é um a sós,
E uma só pessoa somos nós,
Unos num canto, numa voz.
Adélia Prado
Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças.
Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele podem entalhar-me,
Sou de pedra sabão.
Alegre ou triste,
amor é a coisa que mais quero.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Adalgisa Nery
Moram em mim
Fundos de mares, estrelas-d'alva,
Ilhas, esqueletos de animais,
Nuvens que não couberam no céu,
Razões mortas, perdões, condenações,
Gestos de amparo incompleto,
O desejo do meu sexo
E a vontade de atingir a perfeição.
Adolescências cortadas, velhices demoradas,
Os braços de Abel e as pernas de Caim.
Sinto que não moro.
Sou morada pelas coisas como a terra das sepulturas
É habitada pelos corpos.
Moram em mim
Gerações, alegrias em embrião,
Vagos pensamentos de perdão.
Como na terra das sepulturas
Mora em mim o fruto podre,
Que a semente fecunda repetindo a vida
No sereno ritmo da Origem.
Vida e morte,
Terra e céu,
Podridão, germinação,
Destruição e criação.
Edu Tedeschi / Zélia Duncan
Nem tudo que reluz corrompe
Nem tudo que é bonito aparenta
Nem tudo que é infalível se aguenta
Nem tudo que ilude mente
Nem tudo que é gostoso tá quente
Nem tudo que se encaixa é pra sempre
Nem tudo que é sucesso se esquece
Nem todo pressentimento acontece
Nem tudo que se diz tá dito
Nem tudo que não é você é esquisito
Nem tudo que acaba aqui
Deixa de ser infinito
Nem tudo que é bonito aparenta
Nem tudo que é infalível se aguenta
Nem tudo que ilude mente
Nem tudo que é gostoso tá quente
Nem tudo que se encaixa é pra sempre
Nem tudo que é sucesso se esquece
Nem todo pressentimento acontece
Nem tudo que se diz tá dito
Nem tudo que não é você é esquisito
Nem tudo que acaba aqui
Deixa de ser infinito
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Thiago de Mello
Tive um chão (mas já faz tempo)
todo feito de certezas
tão duras como lajedos.
Agora (o tempo é que fez)
tenho um caminho de barro
umedecido de dúvidas.
Mas nele (devagar vou)
me cresce funda a certeza
de que vale a pena o amor
Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou em medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
-Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo! É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo! É enfrentando as dificuldades que você fica forte. É superando seus limites que você cresce. É resolvendo problemas que você desenvolve a maturidade. É desafiando o perigo que você descobre a coragem. Arrisque e descobrirá como você cresce mais quando exige mais de si próprio... Não tenha medo de dar grandes passos. Não se pode atravessar o abismo com dois pulinhos.
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