quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Sana Tessmann
Leio cada cicatriz de sua pele.
Descubro falhas com os lábios. Redesenho molhando as linhas, a língua. Aquarela
em minha boca. E quando acorda ela tem novas manchas nas costas. Cortes nas
coxas. Desconheço minha força na sua carne fraca. Ela é meu brinquedo quebrado.
A minha dor mais lavada e meu amor mais fundo. A ferida mais aberta. E quando
beijo seus olhos com medo não entende. Adormeço feliz com ela em meus braços. E
sou feliz com ela em meus abraços.
domingo, 10 de junho de 2012
Jung Mo Sung
Quem exige de si e de outros o ideal, sem levar em
conta o possível, se torna autoritário e até mesmo cruel. Entre o que somos e o
que deveríamos ser, há o que podemos ser. A distância entre o que podemos e
deveríamos ser é o espaço do perdão.
Nilton Bonder
Há um olhar que sabe discernir o certo do
errado e o errado do certo. Há um olhar que enxerga quando a obediência significa
desrespeito e a desobediência representa respeito. Há um olhar que reconhece os
curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos. Há um olhar que desnuda,
que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de
grande lealdade. Este olhar é o da alma.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Bertold Brecht
Bom é o esquecimento.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que lhe deu a força dos membros e
O retém para os experimentar.
Ou como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que lhe deu o saber?
Quando o saber está dado
O discípulo tem de se pôr a caminho.
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena demais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão.
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso?
A fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que lhe deu a força dos membros e
O retém para os experimentar.
Ou como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que lhe deu o saber?
Quando o saber está dado
O discípulo tem de se pôr a caminho.
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena demais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão.
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso?
A fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
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