
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Música - Vanessa da Mata
Nosso sonho
Se perdeu no fio da vida
E eu vou embora
Sem mais feridas
Sem despedidas
Eu quero ver o mar
Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música
Nossas juras de amor
Já desbotadas
Nossos beijos de outrora
Foram guardados
Nosso mais belo plano
Desperdiçado
Nossa graça e vontade
Derretem na chuva
Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música
Um costume de nós
Fica agarrado
As lembranças, os cheiros.
Dilacerados
Nossa bela história
Está no passado
O amor que me tinhas
Era pouco e se acabou...
Marisa Monte - Até Parece
Até parece
Que não lembra
Que não sabe
O que passou
Não faz assim!...
Não faz de conta
Que não pensa
Em outra chance
Prá nós dois
Olha prá mim...
Não me torture
Não simule
Não me cure
De você...
Deixa o amanhã dizer!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Do filme "Nós que aqui estamos por vós esperamos."
Grafite num muro da cidade
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
Um beijo
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
E se eu disser

E se eu disser que te amo - assim, de cara, sem mais delonga ou tímidos rodeios, sem nem saber se a confissão te enfara ou se te apraz o emprego de tais meios? E se eu disser que sonho com teus seios, teu ventre, tuas coxas, tua clara maneira de sorrir, os lábios cheios da luz que escorre de uma estrela rara? E se eu disser que à noite não consigo sequer adormecer porque me agarro à imagem que de ti em vão persigo? Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro em tua ausência - essa lâmina exata que me penetra e fere e sangra e mata.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
O egoísmo e o amor
Então, se você quer fazer outras pessoas alegres, seja alegre! Quer cuidar dos outros, então cuide de você.
Estar ‘cada um na sua’ não significa ignorar o semelhante, olhar apenas para o próprio umbigo, ser egoísta... ‘Estar na sua’ significa desobrigar o outro da preocupação com você, devolver ao coletivo a energia que seria gasta para que você fosse cuidado.
Essa energia, quanto mais coletiva, mais cria a força que une as pessoas. O que, é claro, aumenta a possibilidade de um cuidar do outro, quando isso realmente for necessário.
A melhor sensação não é de ser cuidado, e sim de perceber que você pode ser cuidado, se for preciso. E é essa segurança que nos faz viver melhor, de maneira mais humana e amorosa.