domingo, 13 de julho de 2008

14 de julho - Dia Mundial da LiBeRdAdE

A minha liberdade acaba quando acaba a do outro. Se algum humano não é livre, ninguém é livre. Se alguém não for livre da fome, ninguém é livre da fome. Se algum homem ou mulher não for livre da discriminação, ninguém é livre da discriminação. Se alguma criança não for livre da falta de escola, de família, de lazer, ninguém é livre.

(Mário Sérgio Cortella)


Em um dia como esse, em 1789 aconteceu a Tomada da Bastilha em Paris, fato que deu início à Revolução Francesa.

Processo social e político ocorrido na França entre 1789 e 1799, cujas principais conseqüências foram a queda de Luís XVI, a abolição da monarquia e a proclamação da República, que poria fim ao Antigo Regime.

As causas determinantes de tal processo estavam na incapacidade das classes dominantes (nobreza, clero e burguesia) de enfrentar os problemas do Estado, a indecisão da monarquia, o excesso de impostos que pesava sobre os camponeses, o empobrecimento dos trabalhadores, a agitação intelectual estimulada pelo Século das Luzes e o exemplo da Guerra da Independência norte-americana.

36 anos sem Leila Diniz...

A breve história de Leila Diniz foi como um terremoto a sacudir os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina. O mundo ouvia rock”n”roll, o Brasil irradiava a bossa nova e Leila desafiava, enfrentava, estimulava e divertia os brasileiros com atitudes e simbolismo. Como atriz, tornou-se musa do embrionário cinema novo, movimento que propunha o rompimento dos padrões estéticos adotados até então – com base forte no modelo hollywoodiano.
No plano pessoal, desafiava regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo Pasquim, motivou a lei de censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz, produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. Nessa entrevista, ela a cada trecho falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: " Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo".

Por causa da entrevista que deu ao Pasquim, acabou sendo perseguida pela polícia política. Leila ficou escondida na casa do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti.

Sua imagem mais célebre, de 1971, na qual posou grávida de biquíni, na praia carioca de Ipanema, tinha o ineditismo incômodo que levou-a a ser acusada por feministas de servir aos homens.

"Se tivesse vontade transaria com o motorista de táxi" (Leila Diniz)

"Não morreria por nada neste mundo, porque eu gosto realmente é de viver! Nem de amores eu morreria. Porque eu gosto realmente é de viver de amores" (Leila Diniz)

Michel Melamed

No nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos em silêncio (o próprio).
Bebemos vinho e não brindamos.
Só se brinda quando existem planos.
Naquela noite, naquela mesa.
Nosso último jantar era a única certeza.
Alguém que porventura bisbilhotasse nossa janela,
veria talheres e copos flutuando sobre as velas.
No nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos transparentes.
Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela,
veria a comida sendo digerida dentro da gente.
No nosso último jantar
sentamos à mesa e carcomemo-nos.
Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela,
nos veria por muito pouco tempo.

Romance casual

Rodolfo Caruso

Beijos de língua inesperadamente virtuais. Cartas eletrônicas nuas desesperadas, cruas. Estávamos amando em estado de loucura. Mil torpedos, rituais de sedução, por fim a dança do acasalamento. Voz no ouvido, gestos perfeitos, línguas entre lábios inchados, dedos longe dos teclados dois remetentes gozados, remetendo suas cópias ocultas, distantes do computador, história de amor tão antiga, acontecendo em tempo real. Casais em clima de delete, só podia ser romance casual.