Temporal. Tanto chove que o céu se faz rosado. Na rua, só carros e vento. Aqui dentro, um concerto de Mozart e um copo tinto de vinho. Além de um resto de sábado.
sábado, 17 de outubro de 2009
Anoitecer
Márcia Maia
Adágio
Soneto
Elizabeth Hazin
Sou neto das tempestades
que sopram pelos desertos
um destino de saudades.
Com seus nós quase desfeitos
eu trago a garganta aberta
escancarada vazando
uma voz suja de terra
que filtra os dias e as noites.
Na ponta de minha língua
o tempo acaba ou começa?
Brota em mim o som da flauta
brota mais — a flor do sangue —
ao sol que queima sem pena
nesse deserto tão grande.
Sou neto das tempestades
que sopram pelos desertos
um destino de saudades.
Com seus nós quase desfeitos
eu trago a garganta aberta
escancarada vazando
uma voz suja de terra
que filtra os dias e as noites.
Na ponta de minha língua
o tempo acaba ou começa?
Brota em mim o som da flauta
brota mais — a flor do sangue —
ao sol que queima sem pena
nesse deserto tão grande.
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