Teu corpo é linguagem pura. Frágil refúgio da minha loucura. Metade prazer,
metade tortura.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Lya Luft
Não lembro
em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós
mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça
que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é
assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada.
Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o
que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se
esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. Pensar é
transgredir.
Martha Medeiros
Brigar me
provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o
estômago. Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz
perder toda a fé no ser humano.
Rubem Alves
Uma professora me contou esta coisa
deliciosa. Um inspetor visitava uma escola. Numa sala ele viu, colados nas
paredes, trabalhos dos alunos acerca de alguns dos meus livros infantis. Como
que num desafio, ele perguntou à criançada: “E
quem é Rubem Alves?” Um menininho respondeu: “O Rubem Alves é um homem que
gosta de ipês-amarelos…”. A resposta do menininho me deu grande felicidade. Ele
sabia das coisas. As pessoas são aquilo que elas amam.
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