quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FELIZ 2010!!!

Paulo Coelho

Na tradição de RAM, os discípulos tiram um dia por ano – ou um final de semana, se for necessário – para entrar em contato com os objetos de sua casa. Tocam cada coisa e perguntam em voz alta: “Eu preciso realmente disto?”

Pegam os livros na estante: vou reler este livro algum dia?” Olham as recordações que guardaram: “Ainda considero importante o momento que este objeto me faz lembrar?” Abrem todos os armários: “Há quanto tempo tenho isto e não usei? Será que vou precisar mesmo?”

As coisas têm energia própria. Quando não utilizadas, terminam se transformando em água parada dentro de casa – um bom lugar para mosquitos e podridão.

É preciso estar atento, deixar esta energia fluir livremente. Se você mantém o que é velho, o novo não tem espaço para se manifestar.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Case-se com alguém que gosta de conversar

Por que quando o tempo for seu inimigo,

E as linhas de expressão dominarem sua face

E se a vitalidade não for como você gostaria

Tudo que restará serão bons momentos de conversa

Com alguém que viveu com você muitas histórias

Que segurou as suas mãos inumeráveis vezes

Que lhe abraçou quando sabia que precisava

E que lhe falou a palavra no tempo certo.

Vai se lembrar ao longo da vida

De momentos felizes, engraçados, apaixonados

E vocês ainda vão rir muito juntos.

Então lembre-se que a beleza passa, pois é vã,

Mas o carinho, o respeito, o conhecimento

Este aumenta a cada dia.

Então case-se com alguém...

Com quem realmente gosta de conversar.



domingo, 27 de dezembro de 2009

28

Roberto Crema

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.



Lya Luft

Tão sutilmente em tantos breves anos foram se trocando sobre os muros mais que desigualdades, semelhanças,
que aos poucos dois são um, sem que, no entanto deixem de ser plurais: talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida, o filho que se faz, uma árvore plantada, o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe o pó de um cotidiano desencanto. Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos que uma em outra pode se trocar, sem que alguém de fora o percebesse nunca.