Oito vezes o 28...
domingo, 28 de junho de 2009
Fernando Sabino
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...
Roberto Crema
Osho
O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
Ele deveria estar presente, por estar presente,
e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu.
Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragrância do coração.
E o fato de não haver desejo de algum resultado não quer dizer que não haja resultados.
Há sim, e eles acontecem mil vezes mais,
porque tudo o que damos ao mundo retorna e ressoa.
O mundo é um lugar que faz eco.
Se atirarmos raiva voltará; se dermos amor, o amor voltará.
Mas, esse é um fenômeno natural, então precisamos pensar sobre ele.
Podemos confiar: isso acontece por si mesmo.
Esta é a lei do carma:
Tudo o que você semeia, você colhe;
tudo o que voce dá, você recebe.
Assim, não há necessidade de pensar a respeito, é automático.
Odeie, e será odiado;
Ame; e será amado.
Lygia Fagundes Telles
Estranho, sim. As pessoas ficam
desconfiadas, ambíguas diante
dos apaixonados. Aproximam-se
deles, dizem coisas amáveis,
mas guardam certa distância,
não invadem o casulo imantado
que envolve os amantes e
que pode explodir como um
terreno minado. Muita cautela
ao pisar nesse terreno. Com
sua disciplina indisciplinada,
os amantes são seres diferentes
e o ser diferente é excluído porque
vira desafio, ameaça. Se o amor
na sua doação absoluta
os faz mais frágeis,
ao mesmo tempo os protege como
uma armadura. Os apaixonados
voltaram ao jardim do paraíso,
provaram da árvore do conhecimento
e agora sabem...
Lya Luft
Gibran Khalil Gibran
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Apesar do seu caminho ser duro e íngreme.
E quando suas asas vos envolverem, abraçai-o,
Apesar da espada escondida
entre suas penas poder ferir-vos,
E quando ele falar convosco, acreditai nele,
Apesar de sua voz poder esfacelar vossos sonhos
como vento norte arruína o jardim.
Pois mesmo quando o amor vos coroa, ele vos crucifica.
O amor não dá nada além de si mesmo e não toma nada além de si mesmo.
O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor é suficiente ao amor.
Quando vós amais, não deveis dizer :
´Deus Está no meu coração´, mas sim
´Estou no coração de Deus´.
E não pensai que podeis dirigir o curso do amor,
pois o amor, se achar que mereceis,
dirige o vosso curso.