Nosso amor nem começa
nem termina, fica assim
cumprindo sina de querer e não querer.
Nosso amor é um conto, uma novela,
amor de bairro e de favela,
primavera que já era,
uma vontade
de sonhar.
Nosso amor vai entrar no carnaval,
fazer mal não fazer mal,
purpurina e não torpor.
Nosso amor estão falando nas calçadas,
nas lanchonetes, nas cantinas,
pelos becos e esquinas.
Nosso amor está nas ruas, está nos rios,
está nos nossos desvarios,
é um compromisso é um complô.
Por isso nosso amor
fica assim cumprindo sina
de querer e não querer.