Como descrever o amor, o amor
que acontece de forma exagerada, amor sem limite, amor sem razão, o amor
enlouquecido? Sim, os sentimentos do mundo não cabem em palavras. Tentamos de
fato esticá-las, decerto tentamos moldá-las, mas elas, as palavras,
teimosamente, elas não nos acompanham - a paixão, dois jovens na estação de
metrô, rapidamente nós os vemos, eles se beijam, impossível descrever com
palavras aquele instante de paixão, o trem parte, eles ficam na estação,
impossível, imagens rápidas, as palavras não dão conta das imagens, as palavras
não dão contado abstrato, as palavras, senhores, as palavras não dão conta da
vida - descrever o amor, impossível: as palavras não acariciam, não tocam a
língua, não se esfregam, não gemem. As palavras não gozam.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Camille Claudel
Lembre-se sempre que a pele
se enruga
O cabelo se torna branco
Os dias se transformam em anos
Mas o importante não muda
A sua força e sua segurança não têm idade.
O seu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida
Atrás de cada engano, há outro desafio
Enquanto estiver viva, sinta-se viva
Se fizer algo diferente, volte a fazê-lo
Não viva de fotos amareladas
Siga em frente ainda que todos esperem que desista
Não deixe que se oxide o ferro que existe em você
Faça com que, em vez de pena, tenham respeito por você
Quando, devido à idade não puder correr, ande depressa
Quando não puder andar depressa, caminhe
Quando não puder caminhar, use a bengala
Mas não pare nunca!
O cabelo se torna branco
Os dias se transformam em anos
Mas o importante não muda
A sua força e sua segurança não têm idade.
O seu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida
Atrás de cada engano, há outro desafio
Enquanto estiver viva, sinta-se viva
Se fizer algo diferente, volte a fazê-lo
Não viva de fotos amareladas
Siga em frente ainda que todos esperem que desista
Não deixe que se oxide o ferro que existe em você
Faça com que, em vez de pena, tenham respeito por você
Quando, devido à idade não puder correr, ande depressa
Quando não puder andar depressa, caminhe
Quando não puder caminhar, use a bengala
Mas não pare nunca!
George Orwell
Winston já não pensava; era pura sensação. A cintura
da garota, cingida pela curva de seu braço, era macia e cálida. Puxou-a para si
e os dois ficaram frente a frente com os peitos encostados, e o corpo dela
pareceu fundir-se ao dele. Por onde quer que ele passasse as mãos, parecia-lhe
que ela se abria como água. Suas bocas se colaram uma à outra; foi bem
diferente dos beijos sôfregos que haviam trocado antes. Quando seus rostos
afastaram de novo, ambos soltaram suspiros profundos. O passarinho se assustou
e alçou voo num estrépito de asas.
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