Bom é o esquecimento.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que lhe deu a força dos membros e
O retém para os experimentar.
Ou como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que lhe deu o saber?
Quando o saber está dado
O discípulo tem de se pôr a caminho.
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena demais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão.
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso?
A fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Mário Quintana
Se eu fosse um padre, eu, nos
meus sermões, não falaria em Deus nem no Pecado - muito menos no Anjo Rebelado e
os encantos das suas seduções, não citaria santos e profetas: nada das suas
celestiais promessas ou das suas terríveis maldições... Se eu fosse um padre eu
citaria os poetas, rezaria seus versos, os mais belos, desses que desde a
infância me embalaram e quem me dera que alguns fossem meus! Porque a poesia
purifica a alma... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte - um belo
poema sempre leva a Deus!
Aghata Paredes
E
aí vai a receita pra se ter uma boa noite de descanso, e um dia de luta com
êxito: amor no coração, sorriso no rosto, paz na alma, leveza no corpo e mente
liberta de todo e qualquer peso de consciência.
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