segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Clarice Lispector

Quanto a mim, tenho que lhes dizer que as estrelas são os olhos de Deus vigiando para que tudo corra bem. Para sempre. E, como se sabe, sempre não acaba nunca.

Carl Gustav Jung

Do mal, muita coisa boa resultou. Mantendo-me calmo, nada reprimindo, permanecendo atento e aceitando a realidade.  Vendo as coisas como elas são e não como eu queria que elas fossem.  Ao fazer tudo isso, adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude que jamais poderia ter imaginado.  Sempre pensara que quando aceitamos as coisas,  elas nos sobrepujam de um modo ou de outro. Resulta que isso não é verdade em absoluto.  É somente aceitando as coisas que podemos assumir uma atitude em relação a elas.  Por isso, tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom e mal, sol e sombra alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos. Assim, tudo se torna mais vivo para mim. Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser...