Nosso amor nem começa
nem termina, fica assim
cumprindo sina de querer e não querer.
Nosso amor é um conto, uma novela,
amor de bairro e de favela,
primavera que já era,
uma vontade
de sonhar.
Nosso amor vai entrar no carnaval,
fazer mal não fazer mal,
purpurina e não torpor.
Nosso amor estão falando nas calçadas,
nas lanchonetes, nas cantinas,
pelos becos e esquinas.
Nosso amor está nas ruas, está nos rios,
está nos nossos desvarios,
é um compromisso é um complô.
Por isso nosso amor
fica assim cumprindo sina
de querer e não querer.
2 comentários:
Como velhos paus de carga, dos navios da década de 30 estamos ainda amarrados aos velhos dogmas,vivendo a lentidão de "achar" algo que pelo passar do tempo não se torna mais possível.
Desde meados de abril, venho acompanhando os artigos deste prestigiado jornal e percebo que finalmente os " bogós de couro foram finalmente enchidos",quando da reportagem das Jornalistas Lílian Tahan e Elisa Tecles sobre os professores ! Suas palavras me fizeram achar graça pela opulência e inocência. Ah! que saudades dos tempos em que os profissionais das mais variadas áreas valorizavam o trabalho do professor! Mas segundo nossa doceira e eterna poetisa, Cora Coralina: "Todos estamos matriculados na escola da vida,onde o mestre é o tempo!" Com o tempo, perceberão que o espírito da natureza inteligente precisa ser permeado de simplicidade para que não se faça julgamentos levianos, embotados pelo jogo de interesses daqueles que não percebem que somente a educação liberta, impedindo o avanço desenfreado da alienação e da violência.
Vai ver o segredo está em fingir que a educação não é mais tão importante,ou na hipocrisia de gritar aos quatro ventos que nossas crianças estão sem aula! Para a cura do doente, por vezes o remédio ministrado tem sabor amargo! mas não se esqueçam: a idéia do que hoje prolifera tem sabor mundano,tacanho,arrivista...o homem é um bicho esmochado, e sabe da importância daqueles que estão envolvidos na formação dos jovens de nossa sociedade!
Mas quem sabe, no clarearzinho da madrugada, eu me livre da graça e sinta tristeza deste engastelhamento, e no futuro haja de contar o que fui:um viajante de um tempo em que o homem ao invés de valorizar aqueles que ensinam,usavam as palavras em tom de combate,para provar que a busca da dignidade é crime.
"res non verba" é o que realmente vale...
e-mail enviado ao correio por Iolivan
Maravilhoso ver e puder ler um poema meu tão bem postado. Obrigado Rinaldo Alves.
Abraços, Chico Miranda
Fortaleza Ceará.
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