Quem és tu que me vens, trajando a fantasia do meu sonho sonhado em vinte anos de dor?! Quem és tu cujo olhar de chama desafia todo meu raciocínio e todo meu pudor?! De tal modo teu corpo ao meu corpo se alia, que chegamos agora a um só todo compor; e em vão te olho do rosto a máscara sombria, na ânsia de te sentir a verdade interior. Quem és tu? - Nada sei! Nesta paixão de um dia. Às esterizações do ambiente embriagador, perco-me a te buscar, numa doce agonia… Quem dera, nesta hora, a ti mesmo transpor, e ver, de ti no fundo, esse alguém que me espia, dentro do carnaval desta noite de amor!…
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