terça-feira, 13 de julho de 2010

Cecília Meireles


Minhas palavras são a metade de um diálogo obscuro
continuando através de séculos impossíveis.
Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.
Nossas perguntas e respostas se reconhecem
Como os olhos dentro dos espelhos. Olhos que choraram.
Conversamos dos dois extremos da noite, como de praias opostas. 
Mas com uma voz que não se importa…
E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu. 
Mas um mar sem viagens.

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