Dizem que o amor se faz de
uma comunidade de interesses subterrâneos, restos de vozes, hábitos que nos
ficam da infância como uma melodia sem letra, paixões pisadas na massa funda do
tempo, mas nesses anos entre guerras, os sentimentos explicados não
interessavam a ninguém. O amor era então uma criação fulminante do tédio e da
inocência, feito do carnal recorte da beleza, magnífico de crueldade. Amei-te de repente, com a luminosa injustiça
que me afastou de todos os que me amaram por me serem semelhantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário