é menor que os frágeis meninos
que morrem todos os dias
e suas pernas franzinas,
como de dançarinas.
Minha dor inerme,
minha dor sem peito,
é tão mal percebida,
que só aparece assim,
em palavras apagadas,
rasuras que apenas arranham
o que realmente sinto.
Essa minha dor,
fruto de mesquinha semente,
que tragédia a gerou?
Talvez um amor perdido,
talvez um sonho tão repetido
que perdeu o sentido e desbotou.
Mas é forte, frutifica
e, atrás do pano barato da cortina,
cresce em madrugadas,
essa dor que me desatina.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Saramar
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